segunda-feira, setembro 05, 2005

Um Pouco de Caldo de Galinha

Está tudo certo. O Brasil é o único país a jogar todas as Copas. Vem aí mais uma. Todo mundo tirando as bandeiras do fundo das gavetas, comprando camisa amarela, boné e bandeirola para enfeitar a rua. Tem gente que já encomendou a carne do churrasco. Uma festa que já começou domingo em Brasília. Apresentação brilhante da Seleção, em 28 minutos. Depois... Uma preguicinha... Também, cá pra nós. O time do Chile não assusta ninguém. É ruim de doer. Ainda teve o Salas, o único jogador deles que já fez gol na gente, fora de campo, machucado. Uma classificação tranqüila, fácil, relaxante. Quase um spa. Opa! Sabia... Eu e minha mania de ser mineiro... Não tá fácil demais, não? Vamos lembrar de algumas coisas. Não, não vou a 1950, pode deixar. Vou ao México. Em 1970 o Brasil não acreditava na seleção. Muita gente até torcia contra. A Seleção do Tri saiu de casa com desconfiança e voltou nos braços do povo. Já em 82 o Brasil era imbatível. Leandro, Luizinho, Júnior, Falcão, Cerezo, Sócrates, Zico, Éder. Certo, tinha o Serginho e o Valdir Perez, ai, ai, ai. Íamos só receber as faixas. Mas Paolo Rossi deu três pedradas no canarinho, que voou pra casa mais cedo. Corta para 94. Seleção do Parreira, desacreditada. Classificação sofrida. Jogos nhémnhémnhém, muito sofrimento e a genialidade de Romário deram o título que, se bobear, a gente nem merecia. Vamos a 98, Brasil direto na Copa. Ronaldinho, Rivaldo, Roberto Carlos. Era fácil. Moleza. Ronaldinho teve piripaque (dizem), e Zidane foi coroado Rei. Corte pra 2002. Família Scolari. Criticadíssimo. Classificação na última rodada das Eliminatórias, vitória sofrida sobre a Venezuela. Rivaldo, bichado. Ronaldo, acabado. Marcos, frangueiro. Lúcio, cabeça-de-bagre. Brasil vence tudo e todos, é campeão. Penta. Agora, 2006. Tá muito fácil. Quarteto, quinteto mágicos. Pedalada. Musiquinha da Globo em setembro. Calma lá. Mais devagar, por favor. Não vamos nos esquecer do tangazzo das Eliminatórias. E que, como mostrei aí em cima, quando vamos bem nas Eliminatórias, vamos mal na Copa. E vice-versa. Sim, somos os melhores. Os mais talentosos. Geniais. Mas isso aí é futebol, e nem sempre vence o melhor. Ainda temos o Lúcio em campo, e isso é preocupante. Nada de soberba.

E agora, Parreira?

São cinco, cabem quatro. Ronaldo, Ronaldo Gaúcho, Robinho, Adriano, Kaká. Azar o do Parreira. Os cinco em campo? De repente, quem sabe. Parreira tem três jogos para brincar com isso esse ano, e vira o ano decidido. Se bem conhecemos o Parreira, sai o Robinho. Que vai ficar entrando no segundo tempo. Aposto. Parreira é Parreira.

Lúcio, Juan e Roque Júnior

Pelo visto, vamos ter que aturar Lúcio e Roque Júnior de novo. Mas que o Juan é melhor que os dois juntos, é. Vamos acender umas velas até a Copa. Quem sabe Juan ganha a posição até lá e nos livra, pelo menos, de um dos outros dois?

Laterais, porque ala é frescura

Cafu, Cicinho, Roberto Carlos e Gilberto. Ou Gustavo Nery. Ou qualquer outro, porque abaixo do Roberto Carlos, na esquerda, tanto faz.

E o Rogério Ceni, hein?

Não sei se porque o Dida é meio desengonçado, mas ainda prefiro o Rogério Ceni. Sei lá. Acho que ele tem jeito de líder e é um baita goleiro. Mas o Parreira implica com o rapaz.

Brasil x Sevilla

Detesto jogos da Seleção contra esses times. Não acrescentam nada, trazem risco aos jogadores e são sempre em horários que a gente não pode ver.

Brasileirão

Amanhã começa, de verdade, o segundo turno. Uma semana de descanso, e agora é pega pra capar. O jogo a ser observado é Corinthians x São Paulo. Outro: Cruzeiro x Fluminense. Podem decidir quem se mantém com chances ou não.

Um comentário:

Sabina Insustentável disse...

Eiiii! Vc deixou um recado no meu blog e só vi hj! é vc mesmo o autor do dicionário? A-DO-REI!

Bjão :*