segunda-feira, maio 23, 2005

No futebol só não existe milagre

Uma das coisas que encantam no futebol, como, na verdade, em praticamente todos os esportes, é a sua imprevisibilidade. É impossível afirmar com convicção absoluta o que vai acontecer durante a hora e meia em que se desenrola uma partida. Muitas vezes um time entra em campo com onze jogadores e mais um, que Nélson Rodrigues (de novo ele) chamava de Sobrenatural de Almeida. Ou, outras vezes, uma equipe pisa no gramado com aparentes onze mas, na verdade, um, ou dois, ou três ou mais daqueles são, apenas, espectros sem nenhum talento, que adotaram a forma do craque e vestem seus calções e chuteiras. Tudo pode acontecer. Porém, e sempre há de haver um, o futebol não vive só de imprevisibilidades. Apesar de mexer com as emoções e, assim como é difícil alguém ver os defeitos de caráter de um grande amor, tornar muito difícil para um torcedor perceber falhas e desacertos de seu time de coração, algumas lógicas tendem a prevalecer. No fim de semana ficou visível aquilo que foi dito antes do Brasileirão e repetido, mesmo com a até então surpreendente campanha de Fluminense e Botafogo: ambos têm elencos limitados e, se não estão descartados da briga pelo título, precisam evoluir com reforços e aprimoramento tático. Os resultados das primeiras rodadas talvez tenham criado uma falsa impressão positiva sobre ambos, assim como uma má impressão, ao inverso, de Corinthians e Cruzeiro, por exemplo. O Fluminense mostrou sua fragilidade ao quase perder a vaga na Copa do Brasil para o modestíssimo Treze. O Botafogo, com más atuações apesar das vitórias, apenas jogou mais mal ainda contra o Goiás. Enfim, se não há nada de sobrenatural na liderança de Santos, Fluminense e Botafogo, nada há de ilógico em verificar que o campeonato está aberto, sem favoritos e que, na verdade, ninguém é de ninguém. Em um campeonato tão longo vale, e muito, a regularidade. E, em 5 rodadas, não dá para mensurar essa regularidade. Óbvio, não vamos considerar a regularidade para baixo de Figueirense e Atlético Paranaense. Porque, se há um muito de imprevisibilidade e, ao mesmo tempo, de lógica no futebol, uma coisa parece que ainda não aconteceu em nenhum campeonato que se tenha visto: milagre.


Juventude: comendo pelas beiradas

Enquanto todas as atenções estão voltadas para os “grandes”, o time gaúcho vai, de mansinho, se colocando entre os que parecem ter boas chances. O time de Ivo Wortmann parece equilibrado e vem se firmando. Dificilmente vai conseguir manter tamanha regularidade. Mas, de qualquer forma, é bom prestar atenção na gauchada de Caxias do Sul. Tevez joga contra o BrasilO argentino Tevez está de volta à seleção argentina, e deve jogar contra o Brasil na eliminatórias da Copa. Apesar da má fase Corintiana, Tevez está voltando a jogar bem, e deve dar muito trabalho à zaga do Brasil.


O Vasco, finalmente, venceu uma

Alex Dias finalmente jogou alguma bola e o Vasco conseguiu sua primeira vitória dentro de campo. Parece até que o pessoal leu o comentário da semana
passada.


Flamengo volta ao normal

Como nos últimos anos: Flamengo perde para o São Caetano e está bem perto da zona de rebaixamento. De novo?


Copa do Brasil

Cruzeiro x Paulista, Fluminense x Ceará. A Copa do Brasil tem lá o seu charme. Semana que vem ela é o assunto. A não ser que aconteça algo de extraordinário até lá.


Rubinho ficou irritado com Shumacher?


Agora? Quase 10 anos depois? Ô, saudades do Senna...

2 comentários:

Alguém disse...

olá!
não sei se te ofendi de alguma forma, (não entendi o comentário)de qualquer forma me desculpe, mas é que gosto do frio e dias nublados, foi só uma forma de demonstrar isso.
não sou escritor muito menos um bom leitor só adimiro os bons escritores, por isso leio seus textos. Mas toda crítica é bem vinda, nos ensina! Obrigado

Alguém disse...

a tá. então me desculpe! valeu!!
obrigado por aparecer por lá. de vez em quando isso é bom agente se sente importante,apesar de sabermos que não é la grande coisa.